Os efeitos das drogas dentro das famílias

Os efeitos das drogas dentro das famílias
05/12/2013

Os dias passam e não diminuem os casos de jovens envolvidos com as drogas e também não se tem a ideia de quantos na verdade estão consumindo o mal que coloca homens e mulheres no fundo do poço.
Na verdade o que eu sei é o que tenho vivido junto com minha família, meu marido especialmente, pois recebemos todos os dias telefonemas de mães desesperadas a procura de um lugar “gratuito” para internação do filho ou da filha. Raramente um pai nos liga, as mães estão diretamente ligadas aos filhos e as suas dificuldades, é o cordão umbilical que não foi cortado, o cordão do amor e da dor. Fisicamente o cordão é cortado, mais emocionalmente, nunca.
Não sabemos ao certo o tamanho do problema das drogas em Joinville. Mas temos a certeza que é do tamanho da destruição das famílias que tem dentro de casa uma situação referente à dependência de drogas.
A casa onde mora um viciado em crak é uma casa sem porta e sem janela. Sem fiação de luz e sem móveis inteiros. Tudo é destruído, vendido, arrancado, sujo, abandonado. Nada fica bom onde mora um viciado, porque a droga é que comanda o cérebro do usuário, a pessoa fica sem vontade própria, a ordem quem dá é a droga, o vício a necessidade de fumar e se deixar consumir por uns minutos de prazer. È rápido e destruidor.
Temos visto, ouvido e tentado ajudar muitas famílias , quanto mais internamos, mais aparecem em busca de ajuda. 
O site http://g1.globo.com/ciencia-e-saude publicou em outubro os seguintes dados:
 O crack em números:
370 mil usam a droga nas capitais
80% dos usuários são homens
80% usam droga em local público
80% são não brancos
65% fazem 'bicos' para sobreviver
60% são solteiros
40% vivem nas ruas
40% estão no Nordeste
30% das usuárias já fizeram sexo para obter a droga
10% das usuárias ouvidas estavam grávidas
Usuários têm 8 vezes mais HIV
Tempo médio de uso é de 8 anos
16 é a média de pedras por dia
 
O assunto é grave e quase nada de campanhas educativas neste sentido estão sendo produzidas e anunciadas nos veículos de comunicação e nas redes sociais. O avanço da droga entra pelo esgoto, conforme uma pesquisa que está em desenvolvimento.
Em Brasília e outras cidades do Distrito Federal, a Polícia Federal (PF) vem testando um método de investigação científica que usa o esgoto para mapear o consumo de drogas: o projeto Quantitativo de Analitos Tóxicos (Quantox).
O primeiro rastreamento com o Quantox foi feito pela PF, em 2010, e tinha como foco a cocaína. A pesquisa foi feita a partir de amostras colhidas em seis estações de tratamento de esgoto do Distrito Federal, nos dias 16 e 17 de março e 1º e 2 de junho daquele ano.
Nas amostras de agosto, é possível encontrar vestígios de benzoilecgonina, produto resultante da metabolização da cocaína excretada na urina do consumidor da droga. O Quantox também localiza pontos de refino da droga, já que, ao lavar os equipamentos ou descartar sobras do processo na pia ou na privada, os traficantes deixam resíduos de cocaína no esgoto.
 
Urgente, precisa-se ocupar todos os espaços para que não venhamos nos arrepender, como muitos já estão arrependidos pois não fizeram nada para conter o avanço do problema das drogas.
Mais centros de recuperação, mais clínicas, mais casas de reabilitação ,mas principalmente mais campanhas de educação contra as drogas e mais apoio as famílias. Isso sim, é essencial, caso contrário, vai pelo esgoto a droga e a paz de todos.

ilze.moreira
Ilze Terezinha de Mello Moreira
Sou uma profissional da comunicação, nascida em Joinville, onde iniciei como repórter em 81 na televisão na TV Eldorado (Rede Bandeirantes). Após dois, fui para a CIA. Catarinense de Rádio e Televisão(RBS TV). Fui coordenadora de jornalismo da RBS TV Chapecó e Blumenau e em Joinville, repórter e apresentadora. Fiz campanhas publicitárias em programas políticos de televisão e diversos programas de rádio em várias emissoras. Hoje sou assessora de imprensa e faço rádio\jornalismo Membro da AD Joinville desde 2006 Ilze Moreira

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